Cybersecurity e Boas Práticas

Checklist para hospedagem em locais de alto risco da ISO 31030


No artigo anterior, abordamos a gestão de riscos de viagens, aproveitando para divulgar a norma ISO 31030 e sua versão brasileira, que está em Consulta Nacional pelaABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. É uma excelente oportunidade para as organizações e profissionais interessados se aprofundarem no tema, além de contribuir com comentários e sugestões.


A ISO 31030 apresenta uma abordagem estruturada para identificar, analisar e avaliar os riscos de viagem, bem como as estratégias para gerenciá-los de forma eficaz, incluindo medidas de tratamento como autorizações prévias e seguros.


Dando continuidade ao tema, este artigo foca no Anexo F do documento, com orientações práticas para proteção dos profissionais que viajam a negócios, na escolha de acomodações seguras em destinos de alto risco.


O Anexo F detalha aspectos como a avaliação da marca do hotel, a utilização de informações de fonte aberta e de terceiros, considerações sobre a segurança do edifício e seu acesso, a escolha estratégica da localização do hotel, e até a proteção de informações e privacidade dos viajantes.


Essas orientações são projetadas para ajudar as organizações a realizar avaliações de riscos, abordando desde a reputação e políticas de segurança do hotel até as especificidades de sua localização e infraestrutura de segurança. Para facilitar, compilamos um checklist prático baseado no Anexo F, com exemplos das principais questões que devem ser levadas em conta na escolha de acomodações em áreas de maior risco:


Este checklist é apenas um ponto de partida, não sendo exaustivo e que pode ser complementado conforme as necessidades específicas da viagem e da organização. Um exemplo de itens adicionais que poderiam ser incluídos:


  • Sustentabilidade e responsabilidade social: Avaliar as práticas sustentáveis do hotel e seu compromisso com a responsabilidade social, o que pode refletir uma gestão consciente e atenta aos detalhes, inclusive na segurança.
  • Revisões e feedback de hóspedes anteriores: Analisar avaliações online de hóspedes anteriores sobre suas experiências de segurança no hotel, que pode fornecer informações valiosas não encontradas em descrições oficiais.
  • Certificações de segurança específicas do setor: Alguns hotéis podem ter certificações de segurança relevantes para indústrias específicas, oferecendo uma camada adicional de garantia para viajantes de determinados setores.
  • Capacidade de resposta a emergências médicas: Verificar se o hotel tem fácil acesso a serviços médicos de emergência ou parcerias com provedores de cuidados de saúde locais em caso de emergências.
  • Comunicação e disponibilidade de informação:Avaliar a capacidade do hotel de fornecer informações claras e precisas sobre medidas de segurança e protocolos de emergência para a preparação e resposta dos viajantes.


A partir destes exemplos, as organizações devem adaptar e expandir esta lista de recomendações para alinhar com suas políticas internas de gestão de riscos de viagem e adequar para necessidades específicas de seus viajantes.


Finalmente, segurança em viagens de negócios é uma área complexa e em constante evolução, exige atenção contínua e atualização de conhecimentos. Por isso, encorajamos a todos consultarem o texto completo da norma ABNT NBR ISO 31030 traduzida, que pode ser obtido no link da consulta nacional, com conteúdo e diretrizes para além destes riscos em acomodações, cobrindo todos os aspectos das viagens corporativas.


Abraços, até a próxima e boa e segura viagem!


Alberto Bastos

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