Cybersecurity e Boas Práticas

Qual o risco de não gerenciar riscos?


Gestão de riscos é uma necessidade para todas as organizações. Porém, muitas ainda não adotaram uma abordagem sistemática para este processo, o que aumenta sua exposição a ameaças como perdas financeiras, ataques cibernéticos, danos à imagem, sanções regulatórias, entre outros. Este artigo aborda o risco de não gerenciar risco, uma realidade que afeta empresas de todos os setores e tamanhos.


Por que não gerenciar risco é um problema.


Uma das principais razões pelas quais a falta de gestão de riscos é um problema é que a organização precisa estar preparada para lidar com as incertezas que afetam seus objetivos.


Para iniciar, as organizações devem identificar os diferentes tipos de riscos que enfrentam em suas atividades diárias, como riscos financeiros, operacionais, estratégicos, de conformidade, reputação ou imagem da empresa.

Sem um processo estruturado de gestão de riscos, além de estarem mais expostas, as organizações acabam criando também uma cultura organizacional que não prioriza a segurança e a conformidade.


Se os líderes da empresa não consideram a gestão de riscos como parte importante da estratégia de negócio, os funcionários não entenderão a importância de gerenciar riscos, resultando em uma equipe desmotivada, clientes insatisfeitos e, em última análise, prejuízos financeiros.


Gerenciar riscos através de uma abordagem estruturada e sistemática, traz diversos benefícios para as empresas, tais como redução de custos, melhoria na eficiência operacional, aumento da satisfação do cliente e melhor preparação para lidar com eventos e impactos negativos.


Existem diversas práticas e metodologias que podem ser adotadas para a gestão de riscos, e algumas das recomendações incluem:


  1. Adotar uma abordagem sistemática:estabelecer uma metodologia clara e consistente para identificar, avaliar, tratar e monitorar os riscos.
  2. Definir uma política de gestão de riscos:definir uma política que estabeleça princípios, objetivos e responsabilidades para a gestão de riscos.
  3. Envolver a alta direção:demonstrar o comprometimento, definindo prioridades e recursos para implementar a gestão de riscos.
  4. Avaliar os riscos:identificar, analisar e avaliar os riscos associados aos seus processos, produtos e serviços.
  5. Estabelecer controles internos:implementar controles para minimizar a probabilidade e o impacto dos riscos identificados. Esses controles incluem políticas e procedimentos, treinamento de funcionários, medidas de segurança física e lógica, entre outras.
  6. Monitorar e revisar constantemente:monitorar e analisar criticamente a estrutura e processos de gestão de riscos para garantir que permaneçam atualizados e eficazes.
  7. Adotar melhores práticas:utilizar normas e melhores práticas, como a ISO 31000, para garantir que a organização siga padrões reconhecidos internacionalmente.


A norma internacional ISO 31000 é a referência mais conhecida para a gestão de riscos, e fornece princípios e diretrizes para um processo eficaz e consistente em organizações de todos os tipos e tamanhos.



A ISO 31000 é a norma reconhecida como referência para gestão de riscos. É uma ferramenta valiosa fornecendo uma abordagem estruturada e sistemática para a gestão de riscos, e um processo que deve ser adaptado ao contexto de cada organização, considerando seu ambiente interno e externo, incluindo a cultura, objetivos e recursos.





Enfatiza também a necessidade do monitoramento contínuo e análise crítica para garantir a eficácia do processo, e lidar com ameaças emergentes.


Por fim, destaca a importância do registro e relato de informações, incluindo a documentação de riscos, avaliações, decisões para tratamento e planos de ação. Manter registros precisos e transparentes, facilita a comunicação com partes interessadas internas e externas e permitindo avaliações posteriores.


Gerenciar risco é fundamental para o sucesso e sustentabilidade das empresas na era atual. Deve ser parte essencial da estratégia de negócio, como uma tarefa contínua e integrada às suas operações diárias. Ao adotar uma abordagem estruturada e proativa para identificar, avaliar e implementar controles para tratar riscos, as empresas podem obter benefícios significativos, como redução de custos, eficiência operacional e satisfação do cliente.


Abraços e até a próxima,


Alberto Bastos

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